Game of Thrones chega ao seu terceiro episódio. Morno, eu diria. Ao que tudo indica, um daqueles episódios que prepara a série para o que está por vir. E, pelo jeito, não deve ser pouca coisa, amigos!

Muitos detalhes, se bem observados, nos deixam dicas de que algumas reviravoltas virão adiante. Olhares silenciosos, atitudes dos personagens que ficam em segundo plano nas cenas… hmmm… Se você prestar atenção, vai entender. O episódio 3 da quinta temporada de Game of Thrones nada mais é do que um pré-show – de horrores? Tomaaaara! (risos).

Os grande protagonistas deste episódio são Margaery, Cersei, Tyrion, Jon Snow, Arya, Sansa e Littlefinger. Já consegue imaginar o tamanho da bagunça? Pois é… e pelo jeito não vai melhorar – e na verdade, a gente ama esse prognóstico, não é mesmo?

Vamos aos fatos, mas não sem antes avisar: SPOILER ALERT!

[Se você ainda não assistiu ao episódio e não quer saber detalhes específicos, não prossiga a leitura.]

Mas se você quer mesmo é ficar a par de tudo o que aconteceu em Game of Thrones no último domingo, então monta teu cavalo e vem comigo!

Cronologicamente, o episódio se resume aos pontos altos:

1) Arya falando para o “homem sem face” que não quer mais varrer o chão. Que não está lá para isso. E a ironia com que ele lhe responder é simplesmente FAN-TÁS-TI-CA. Game of Thrones sempre mesclando tensão com ironia!

2) Cersei chegando de carruagem e o povo gritando por “Queen Margaery”, achando que é ela quem está dentro do veículo. É… o reinado de Cersei, de fato, ruiu. A bonequinha sorridente lhe puxou o tapete. Não posso dizer que fico triste com isso, hein?

3) Acontece, finalmente, o casamento de Tommen e Margaery (calma gente, sem morte, tortura, loucuras ou surpresas) em um pedacinho rápido de cena, bem sucinto, quase sem importância. Porque a importância vem mesmo é na cena da noite de núpcias. Margaery – que não é nada ingênua (adoro!) – dá seu “golpe fatale” em Tommem. Agora fica bem claro quem manda em King’s Landing. Tchaaaau, Cersei…

Aliás, tchau mesmo! Margaery induz, entre meias palavras, com jeitinho, se fazendo de boba, Tommem a querer se livrar da presença da mãe. E ele sugere, em conversa com Cersei, mandá-la embora para Casterly Rock. Já pensou? Ela não gostou nem um pouco!

Esta cena é seguida pela cena em que Margaery alfineta Cersei com uma piadinha sobre não ter estômago para tomar vinho de manhã, e sobre não saber como chamar Cersei agora: “rainha mãe” ou a “rainha viúva”? (desaforada como só ela sabe ser). Ainda cogitando, no final do diálogo, a chegada de um neto em breve. Isto lhe daria ainda mais poder e deixaria Cersei ainda mais longe de qualquer intervenção sobre o reinado Lannister. Entre olhares e sorrisos falsos, sogra e nora se amam… #sqn!

4) Roose Bolton, que está em Winterfell, (lembra?) comunica a Ramsey Bolton que ele se casará com uma “noiva conveniente” para manter o poder da família. Littlefinger comunica a Sansa que ela se casará para tomar Winterfell de volta e vingar sua família. Uma pequena relutadinha aqui, uma choradinha ali, e Sansa aceita o plano.

Antes mesmo que Ramsey possa pensar em não gostar da ideia do casamento, seus olhos brilham pela beleza de Lady Stark. E Sansa, pela primeira vez em 5 temporadas de Game of Thrones, sorri falsamente e demonstra que (sim! sim! finalmente!) está se tornando uma mulher habilidosa e inteligente. Acho que ainda nos emocionaremos muito com a trama de Sansa em Game of Thrones!

E, como coadjuvante em todas as cenas desse núcleo, aparece Theon Greyjoy. Primeiro, ouvindo a conversa dos Bolton. Parecendo não tão submisso quanto era antes, parecendo gostar da novidade de uma Stark voltando para casa. Começando a tramar, ainda que bem pouquinho, alguma forma de sair da posição degradante de vassalo que está hoje. Depois, quando Sansa chega a Winterfell, ele se esconde na rua para que ela não veja seu estado de derrota e submissão. Hmmm… eu aposto que Theon ainda vai voltar a ser grande em Game of Thrones, e Sansa vai ter algo a ver com isso. Aposto!

5) Stannis vai ao encontro de Jon Snow, que recusa o convite de tornar-se Jon Stark e lutar com o rei Baratheon pelo norte e pelo trono. Após Stannis deixar o recinto, Sir Davos conversa em particular com Jon Snow e lhe diz que ele deveria tomar uma atitude para tirar os Bolton de Winterfell, que ele não pode se abster da guerra e da política. Snow parece refletir sobre a sugestão. Se ele realmente entrar na briga, gente, vai ser demaaaaaais!

6) Arya, que está na casa do Preto e Branco, se livra de todos seus pertences, joga todos fora o rio. Este é seu primeiro passo para ser uma “faceless woman”. Porém, ela não consegue jogar “Agulha” fora (a espada, lembra?). Ao invés disso, ela esconde embaixo de alguns pedregulhos em uma rocha. E essa cena parece vir como uma metáfora para o que ela se tornará: uma quase faceless woman, mas sem esquecer porque quis isso para si e o que tem de fazer com todo o aprendizado que ganhará (a lista de mortes que ela sempre repete como um mantra). Feito isto, ela finalmente ganha o direito de ir para o “próximo passo” no seu treinamento da Casa do Preto e Branco: lavar o corpo de um homem morto.

7) Em uma cena da patrulha da noite, Jon Snow nomeia Sor Alliser (aquele que lhe odeia) como primeiro guerreiro. Em seguida, nomeia Lord Janos como responsável por Grey Guard. Porém, Lord Janos recusa a oferta e enfrenta Jon, desrespeita sua autoridade em frente a todos os “brothers”. E é aí que vem aquela cena ma-es-tral que a gente adora muito: Jon Snow mata Lord Janos, decapitado, em cerimônia pública, mesmo com ele chorando e pedindo perdão. Stannis assiste a cena e adora (e a gente também! Jon Snow está virando um líder de verdade).

8) De volta a King’s Landing, a autoridade “eclesiástica” local, o “Alto Septão”, é flagrado no bordel de Littlefinger pelos religiosos apelidados de “Pardais” (lembra do primo de Cersei falando que ela deveria se converter? Pois é, ele é um dos “pardais”). Eles arrastam o Alto Septão nu pela rua, chamado-o de pecador em frente à multidão. Este, então, depois de vestido novamente (risos), recorre a Cersei e ao conselho do rei para pedir a execução do suposto “High Sparrow” (Alto Pardal) – que dá nome a este episódio de Game of Thrones – pelo vexame causado com uma autoridade religiosa.

Cersei, como sempre inteligente, vai até o local onde estão os “Pardais” e descobre que não existe um “high sparrow”, pois os religiosos dessa corrente fazem voto de pobreza e não se utilizam de cargos ou hierarquia. Então, ela pede ajuda a um senhor que, aparentemente, seria o líder espiritual do grupo, para que ele proteja a fé e a religião local. O “pardal” fica surpreso com a atitude, pois ele esperava que ela fosse se aliar ao Alto Septão e matá-lo, conforme pedido. Do contrário, ela se alia aos pardais e prende o Alto Septão em uma torre, como punição pela má conduta. Ao fim da cena, Cersei mantém aquela clássica expressão de meio sorriso que, sabemos muito bem, é porque está tramando alguma coisa… Será que ela não cansa nunca?

9) Na próxima cena, Cersei recorre a Walder Frey para que ele escreva um bilhete para Littlefinger. Mas o que mais chama a atenção na cena é algo que aparece se mexendo embaixo de um lençol. Parece uma criação bizarra estilo Dr. Frankenstein! (mas isso aqui é Game of Thrones ou é Penny Dreadful, hein HBO?) E ver Cersei questionando Frey sobre “o andamento do seu trabalho” demonstra que ela sabe o que está acontecendo ali. Não sei não, mas será que ele está trazendo “O Montanha” de volta à vida? MEDO!

10) Algumas conclusões interessantes sobre política e jogos de poder acontecem na próxima cena. Lord Bolton e Littlefinger conversam a respeito do bilhete enviado por Cersei, no qual ela lhe nomeia um Lord do alto escalão em King’s Landing. Bolton desconfia das intenções de Littlefinger em Winterfell, e pede que antes de enviar a resposta à Cersei ele tenha acesso ao conteúdo do bilhete.

Littlefinger tenta tranquilizá-lo dizendo que, com Margaery ‘comandando’ Tommem, e com Cersei afastada do reinado, a aliança Bolton e Stark prevalece sobre uma possível retaliação dos Lannister. Até porque Margaery gosta muito de Sansa, que é a nova senhora de Winterfell. Mesmo assim, Bolton fica inseguro e prefere fiscalizar todos os movimentos de Lord Baelish – e nós não podemos dizer que ele está errado. Desconfiança com Lord Baelish nunca é demais!

11) Por fim, trazendo um pouco de suspense e tensão para o episódio, aparece Tyrion, entediado. Ele insiste em sair da carruagem que divide com Lord Varys. Depois de muita discussão, ele e Varys saem para passear por Volantis. Em um bordel (surpresa…), Tyrion acaba sendo capturado por Sir Jorah. Todos nós já sabíamos que Tyrion andando por aí não era uma boa ideia. Mas a frase final do episódio é absolutamente apavorante “Eu vou te levar para a rainha”.

Eu, particularmente, tenho certeza de que não é para Cersei, mas sim para Khaleesi. Sir Jorah certamente vai tentar usar Tyrion como moeda de troca para voltar a ser aceito junto do seu amor. Calma, Tyrion… no final, vai dar tudo certo… eu espero!

É isso aí, amigos! Ficamos por aqui com mais um recap de Game of Thrones.

Agora é só aguardar pelo episódio 4 e tudo o que ele deve ter pra nos surpreender!

Até lá!

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